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domingo, 28 de setembro de 2008

Países ampliam cooperação

Lula e o presidente cubano, Raúl Castro: Brasil é segundo maior parceiro de Cuba (Foto: Agência Brasil)


Brasil e Cuba concluem reunião bilateral em Havana
e aumentam parceria em dez setores econômicos

Havana. Cuba e Brasil ampliaram na última sexta-feira sua cooperação em dez setores econômicos, com a conclusão em Havana de uma reunião bilateral que examinou a colaboração até o ano de 2009, segundo a imprensa estatal da ilha.
O Brasil se tornou o segundo maior parceiro comercial latino-americano de Cuba, atrás da Venezuela, com um intercâmbio que superou 450 milhões de dólares em 2007, segundo dados oficiais.
´Estamos buscando novas idéias, novos campos onde possamos cooperar´, afirmou Andréia C. Regueira, coordenadora para a colaboração técnica entre países em desenvolvimento e chefe da delegação do Brasil que foi a Havana.

Brasil e Cuba reforçaram sua assistência nos setores de agricultura, pesca, aquicultura, mineração, recursos hídricos, saúde, tecnologia da informação e meio ambiente, entre outros, segundo a agência de noticias Prensa Latina.
´Nossos projetos são sempre de capacitação, têm a ver com a formação de recursos humanos, sem nenhum objetivo comercial´, declarou Regueira à imprensa local.


Orlando Requeijo, vice-ministro cubano para Investimentos Estrangeiros e Colaboração Econômica, afirmou que foram firmados também convênios para as áreas bancária, geológica e de produção de soja.
Especialmente na geologia, o vice-ministro Requeijo salientou ´o trabalho muito exitoso que já completa dez anos´.


Entre outros, a delegação do Brasil contou com representantes do Banco Central, do Ministério da Saúde, do Instituto de Informática do Governo, da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária e do Serviço Geológico nacional. Em janeiro, o presidente Lula esteve em Cuba e firmou convênios de cooperação agrícola, farmacêutica e energética e outros. Em agosto, depois dos furacões Gustav e Ike, o governo brasileiro foi um dos primeiros a oferecer ajuda humanitária a Cuba, com 15 toneladas de alimentos.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

CIDADE: Alimentos nutritivos evitam danos à saúde

Optar por refeições saudáveis deve ser prioridade no cotidiano de todos (Foto: Kiko Silva (05/09/2008))


Os especialistas defendem que uma alimentação equilibrada e adequada deve fazer parte do cotidiano de cada ser humano por toda a vida. Além de fornecer os nutrientes que o corpo precisa para crescer, desenvolver e manter a saúde, deve proporcionar prazer. Por outro lado, afirma a nutricionista do Iprede, Francisca Lino, hábitos alimentares não adequados estão associados a diversos danos à saúde, entre eles a obesidade, cujos índices têm crescido nas últimas décadas em todas as faixas etárias.

Segundo ela, para a Coordenadoria Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Brasil, uma alimentação para ser saudável deve respeitar e valorizar as práticas alimentares regionais culturalmente identificadas e ter garantia de acesso com custo acessível, uma vez que se baseia em alimentos produzidos regionalmente.
Além disso, ser variada, abrangendo os vários grupos e tipos de alimentos, que forneçam os elementos necessários para o organismo, evitando a monotonia dos pratos que limita o acesso de todos os nutrientes necessários a uma alimentação adequada e colorida como forma de garantir a variedade, principalmente em termos de vitaminas e minerais.

Deve também, aponta, ser segura do ponto de vista de contaminação e dos possíveis riscos à saúde. Para ela, é um desafio para os profissionais de saúde estimular o consumo de preparações de alimentos que levem em consideração todos esses fatores: nutritivos, saborosos, equilibrados, respeitando hábitos regionais e de cada idade. “As experiências alimentares vividas durante a infância influenciam comportamentos também na vida adulta”.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

Brasileiro paga 39% de impostos em relação ao PIB

Praça do Ferreira o movimento buscou mostrar à sociedade
o quanto de impostos é pago e quanto lhe é
devolvido em forma de serviços públicos (Foto: Tuno Vieira
AJE promoveu, ontem, Feirão do Imposto para alertar sobre o volume da carga tributária embutido nos produtos





Seja no café da manhã, almoço ou jantar, na limpeza da casa, no transporte para o trabalho ou em bens de uso diário, o consumidor brasileiro é obrigado a digerir um “ingrediente“, um “insumo”, cada vez mais indigesto, que salga a carne, apimenta o feijão e faz minguar o salário do trabalhador. É a carga tributária — somatório de impostos federais, estaduais e municipais embutidos aos produtos que, atualmente, encolhe a renda anual do cidadão em 39%, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Só para ilustrar, o arroz presente diariamente na mesa do consumidor vem temperado com 17% de tributos, o que eleva um pacote de cinco quilos de R$ 8,33, para R$ 9,85; o feijão já vem azeitado com 15,34% e a carne “salgada” com mais 17,47% de impostos, que elevam os preços dos produtos, sorrateiramente, sem que o consumidor perceba.



Da mesma forma, a excessiva quantidade de impostos em bens e serviços encarecem o hábito da leitura em 15,52%; o preço de uma calça jeans, em 34,87%, e um passeio de bicicleta, em 45,93%, segundo pesquisa do Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Escutar uma boa música, em um aparelho MP3, é 49,45% mais caro e um veículo custa até 40,74% mais, em decorrência dos impostos que o consumidor é obrigado a carregar no porta-malas.


Conscientização


Para tentar alertar a população sobre o volume da carga tributária embutido nos produtos, bens e serviços e conscientizá-la sobre a importância da aplicação correta do dinheiro arrecadado, a Associação do Jovens Empresários (AJE-CE) promoveu ontem, na Praça do Ferreira, o Feirão do Imposto. O movimento de caráter nacional, buscou mostrar à sociedade o quanto de impostos é pago e quanto lhe é devolvido em forma de serviços públicos.
“Infelizmente o que a gente paga de imposto ainda é muito, em relação aos serviços de saúde, educação e segurança que os governos oferecem”, protesta a coordenador geral da AJE, Coroline Melo. “Trabalhamos quatro meses do ano, somente pagar impostos”, critica, explicando que parte da população até sabe que paga, mas não o quanto efetivamente recolhe.



Aproveitando o período eleitoral, ela sugere aos futuros prefeitos que pressionem a bancada federal no Congresso Nacional para que aprove a lei que prevê a distinção do percentual de imposto cobrado em cada produto. “Acho que os prefeitos devem estar juntos da sociedade neste trabalho de conscientização”, defendeu a coordenadora da AJE, ao lamentar a ausência dos candidatos a prefeito ou a vereadores de Fortaleza, ontem, no Feirão do Imposto, na Praça.


Fonte: Jornal Diário do Nordeste

terça-feira, 17 de junho de 2008

Impacto dos alimentos no consumo prejudica indústria, diz Fiesp


A indústria também já acusa o golpe da alta dos preços dos alimentos e seus impactos no consumo. Segundo o gerente do departamento de economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), André Ribeiro, a forte desaceleração do nível de emprego na indústria paulista em maio é um indicativo de que o consumidor está gastando mais com alimentos e menos com produtos industriais.

"A demanda está perdendo força por conta da alta dos preços dos alimentos. O consumidor está comprando menos produtos industriais porque está gastando mais com alimentos", explicou Ribeiro, em relação à desaceleração da indústria.

A Fiesp divulgou nesta terça-feira que o nível de emprego da indústria de transformação do Estado de São Paulo subiu 0,35% (8 mil vagas criadas) em maio na comparação com o mês anterior, segundo dados sem ajuste sazonal. Em abril, a alta sobre março tinha sido de 2,75%, com abertura de 62 mil vagas.

Considerando os dados com ajuste sazonal, que elimina características específicas de cada período, a alta no emprego no mês passado foi de 0,06% (ante alta de 1% em abril). Segundo Paulo Francini, diretor do departamento de pesquisas econômicas da Fiesp, o índice desazonalizado é o menor desde o início deste ano e a primeira "batida" no zero desde dezembro de 2007, período em que tradicionalmente as contratações desaceleram.

"Notávamos acomodação da indústria em relação a outros indicadores. O INA já apontava isso, que parte do ímpeto estava se perdendo. Não era dramático porque a variação ainda era positiva. (...) O preocupante agora é que a taxa de crescimento passou a ser não-crescimento", disse Francini.

Segundo ele, os reflexos do aumento da taxa de juros (já foram duas altas desde abril deste ano) para 12,25% e da valorização na taxa de câmbio (sob as influências da conquista do grau de investimento pelo Brasil) ainda não foram contabilizados pelo emprego industrial. Francini já manifestou, no entanto, suas preocupações quanto às conseqüências disso no futuro.

"Quem imagina que política econômica é ciência e que existe um botão de ajuste fino, não existe. E como não existe, há como exagerar na medida do botão. Os aumentos da taxa Selic nas duas últimas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central] vão aprofundar a acomodação/desaceleração da indústria", avaliou.
Inflação

Francini disse não saber, no entanto, com que intensidade a indústria deverá reagir às medidas utilizadas pelo governo para controlar a inflação. Segundo ele, a combinação dos dois aumentos da Selic, da elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), da inflação de alimentos e do grau de investimento dificulta uma previsão, mas indica que o impacto já pode ser mais negativo para o próximo mês.

"Há muitas variáveis atuando juntas. Não dá para saber dos efeitos já em curso. (...) Mas há possibilidade de que no próximo mês o emprego já tenha variação negativa. O difícil é saber se é início de uma tendência. Os fatores apontam para estabilidade", disse Francini.

A estimativa da Fiesp para a expansão do emprego na indústria em São Paulo é de 3,5% neste ano. No acumulado de janeiro a maio, porém, a alta é de 4,79%. "Já estávamos prevendo crescimento menor daqui até o final do ano. O mês de maio confirma isso, mas não dá indicação da intensidade. Vamos ter de esperar [no caso de alguma revisão da projeção]", disse Ribeiro.

"Medidas em excesso podem trazer a economia para rota de declínio. São riscos inerentes ao conjunto de medidas [do BC]. Já haviam sinais de acomodação/desaceleração da indústria, que não foram consideradas pelo Copom. Temos meses a frente para nos dizem o que vai acontecer. Há sinal de alerta, mas não há certeza para dizer que estamos entrando em período de declínio da economia", afirmou Francini.

Comércio

Segundo divulgou o o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira, as vendas do comércio varejista do país cresceram 0,2% em abril, na comparação com o mês anterior. Em relação a abril de 2007, houve expansão de 8,7%. Segundo o IBGE, "os resultados expressam certa estabilidade no ritmo de vendas em relação a março".

O resultado no primeiro quadrimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2007, revela alta de 11%. Nos últimos 12 meses terminados em abril, a expansão das vendas do comércio é de 10,3%. A receita nominal das vendas do comércio em abril aumentou 0,6%, na comparação com março. Em relação a período correspondente em 2007, a alta foi de 13,8%.






FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

Perita do IC é a primeira testemunha de acusação do caso Isabella.



A perita do IC (Instituto de Criminalística) Rosângela Monteiro é a primeira testemunha de acusação a depor no caso Isabella,5, na tarde desta terça-feira. Ela presta o seu depoimento ao juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana (zona norte de São Paulo).

A garota foi jogada pela janela do sexto andar do edifício London, do apartamento de seu pai, Alexandre Nardoni. Ele e Anna Carolina Jatobá foram denunciados à Justiça e estão presos. O casal nega.
Monteiro integra a lista de oito testemunhas de acusação que devem ser ouvidas nesta terça-feira pela Justiça. Todos foram elencadas pelo promotor Francisco Cembranelli e seus depoimentos integração a denúncia contra o casal.


O depoimento da perita teve início às 14h, meia hora depois do previsto, às 13h30. O TJ (Tribunal de Justiça) informou que o casal acompanha o depoimento. Os três advogados de defesa, a assistente da acusação, Cristina Cristo Leite, e Cembranelli também estão na sala.
A perita foi responsável por examinar o local do crime. Monteiro sustenta que a garota foi agredida antes de ser jogada do sexto andar do prédio. Ela também foi a responsável pela análise que apontou pegadas de Nardoni no lençol da cama usada para acessar a janela de onde a garota foi lançada. Monteiro também identificou que a camiseta usada por Nardoni possuía marcas da tela de proteção.
As testemunhas da tarde desta terça-feira são as primeiras do caso Isabella a serem ouvidas pela Justiça.
Nesta tarde devem ser ouvidos o subsíndico, a síndica e um morador do prédio onde o casal morava anteriormente --Alexandre Lucca, Karen Rodrigues da Silva e Paulo César Colombo, respectivamente-- e os peritos Rosângela Monteiro, Paulo Sérgio Tieppo Alves e José Antonio de Moraes e a delegada Renata Pontes, uma das que comandou as investigações. A oitava testemunha não teve o nome revelado.


A mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha Oliveira, deve depor amanhã.

Chegada

Sob forte esquema policial Alexandre e Jatobá chegaram ao Fórum de Santana (zona norte de São Paulo), nesta terça-feira. Eles devem acompanhar os depoimentos das primeiras testemunhas.
Anna foi a primeira a chegar, por volta das 10h40. Vinte minutos depois foi a vez de Alexandre. Os dois vestem roupas dos presídios que estão cumprindo prisão preventiva e foram transportados na parte de trás do carro da polícia. Eles tiveram acesso ao Fórum por uma entrada localizada na rua Vitório Primon, do lado esquerdo da entrada do prédio.
A data que as testemunhas de defesa devem prestar esclarecimentos à Justiça só deve ser conhecida amanhã.
Desde que a Justiça aceitou a denúncia contra o pai e a madrasta de Isabella, apenas os dois acusados depuseram. Alexandre e Jatobá se queixaram ao juiz que sofreram pressão dos delegados --Pontes e Calixto Calil Filho-- e reafirmaram a tese que apresentaram desde o dia do crime.


Versões

Segundo os acusados, a família --o casal, Isabella e os outros dois filhos deles-- chegaram ao edifício no carro dele no fim da noite. Alexandre subiu sozinho, deixou Isabella no apartamento, voltou para pegar a mulher e os outros filhos. Ao chegar novamente em casa, viu que a filha havia sido jogada.
A versão da polícia é diferente. O casal e as três crianças teriam deixado o carro e subido todos juntos para o apartamento, onde Isabella, já ferida na cabeça, foi deixada no chão. Alexandre, em seguida, teria cortado a tela de proteção de um dos quartos e jogado a filha pela janela, simulando assim a invasão do apartamento.
Os advogados do casal Nardoni já protocolaram junto à Justiça a lista de testemunhas de defesa do pai e da madrasta de Isabella.



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Livraria da Folha
Livro ensina pais a prevenir acidentes e garantir a segurança de crianças e adolescentes
Livro mostra como se tornar advogado, escolher carreira e conseguir primeiro emprego
Livro indica números da violência no Brasil e aponta soluções
Caso perturbador intriga advogado criminalista em "Os Limites da Lei"

Especial
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Fonte: Folha de são Paulo

Lula se diz indignado com envolvimento de militares na morte de jovens

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta terça-feira o envolvimento de militares na morte de três jovens no Rio de Janeiro, no último sábado. Em encontro como ministro Nelson Jobim (Defesa), Lula demonstrou sua profunda indignação com o fato, de acordo com auxiliares. Segundo interlocutores, o presidente disse ainda estar mais abalado pelo crime ter envolvido militares.
Depois da conversa com Lula, Jobim e o comandante do Exército, Enzo Peri, seguiram em viagem ao Rio. O objetivo de Jobim e Enzo é acompanhar de perto as investigações sobre a ação dos 11 militares acusados de entregar os três jovens do morro da Providência (região central do Rio) aos traficantes do morro da Mineira.

A favela da Mineira é controlada pela facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), rival do CV (Comando Vermelho), que controla o morro da Providência.

Em depoimento ao CML (Comando Militar do Leste), um oficial, um praça e um sargento confirmaram terem levado os jovens até a facção rival do morro da Mineira. Os três foram encontrados mortos no lixão de Gramacho, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense).

David Wilson Florêncio da Silva, 24, Wellington Gonzaga Costa, 19, e Marcos Paulo da Silva, 17, foram presos acusados de desacato a autoridade e levados ao quartel do Exército no morro da Providência, mas foram liberados.

Nesta terça-feira, Jobim participou de várias reuniões, além da conversa com o presidente Lula. Antes de viajar para o Rio, o ministro esteve com oficiais no Comando Militar do Planalto e também com o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos).

No Rio, Jobim e Enzo deverão passar todo o dia. A idéia é promover uma série de conversas com os oficiais do Comando Militar do Leste e averiguar os detalhes sobre a ação militar que resultou na morte dos jovens.


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Livraria da Folha
Livro mostra como a violência urbana no Brasil afeta seu dia-a-dia e aponta soluções
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Caco Barcellos relata episódios de violência policial no best-seller "Rota 66"

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Fonte: RENATA GIRALDI da Folha Online, em Brasília

segunda-feira, 16 de junho de 2008

FORTALEZA/CE: Pontos turísticos em situação de abandono.

Avenida Beira-Mar: Estátua de Iracema exige reforma. Os braços do índio Peri foram quebrados (Foto: Patrícia Araújo)

Monumentos históricos são atacados por vândalos e pichadores. Alguns estão parcialmente destruídos


Faltam menos de 20 dias para o início da alta estação 2008. O turista que escolher Fortaleza para as férias de julho terá que conviver com uma cidade cheia de contraste. Além da beleza da orla marítima, vai se deparar com ruas esburacadas, com lixo e pontos turísticos depredados pela ação de vândalos, tomados por mendigos ou por moradores anônimos de espaços públicos.

Nem o Theatro José de Alencar, um dos principais cartões postais da Capital, escapou da invasão dos sem-teto. É o caso de Socorro da Silva que olha desconfiada para a reportagem, antes de confirmar que vive na calçada do teatro. “Moro nas ruas desde criança e já estou cansada de promessas de que eu vou ter um cantinho para ficar”, critica a moradora de rua do Centro da cidade.

O turista que visitar o teatro também verá o abandono da praça. Há buracos na calçada, o monumento em homenagem ao escritor José de Alencar foi alvo dos pichadores e serve também até de abrigo para pessoas dormirem ou sentarem para um bate-papo.

O desrespeito aos monumentos históricos não é um problema isolado de Fortaleza, “mas resultado da falta de uma cultura de preservação dos patrimônios por parte dos brasileiros”, diz a professora de História, Carla Sampaio, que trafegava pela praça José de Alencar, na área central.

Ainda no Centro da cidade, o Mercado Central, considerado parada obrigatório no roteiro de compras dos turistas, está com lixo espalhado pela grama e na calçada. Patrícia dos Santos, da cidade de Petrópolis, reclamou da sujeira, embora tenha aprovado o preço das mercadorias. Ela aproveitou para levar presentes para toda a família, incluindo confecção, labirinto, redes e castanha.

Na antiga cadeia pública, a Emcetur, o espaço foi invadido por pedintes. “Já houve assaltos a turistas”, diz o guia Felipe Barreto. Segundo ele, a presença dos mendigos aborrecem os visitantes e gera uma publicidade negativa para Fortaleza.

Saindo da área central, os problemas continuam. As obras de alargamento do calçadão da Praia de Iracema foram criticadas pelo turista de Brasília, Lúcio de Oliveira Santos. “É horrível andar no calçadão”. O transtorno na área, no entanto, está longe de terminar. “Faltam seis meses para a conclusão do projeto”, diz Francisco Pereira de Lima, encarregado do trecho próximo ao monumento da estátua de Iracema.


A Estátua de Iracema, localizada na Avenida Beira-Mar, encontra-se em péssimo estado. Os braços do índio Peri foram quebrados e em várias partes aparece o ferro. A índia Iracema tem diversas rachaduras e a mão danificada. Nem o fiel companheiro do Guerreiro Branco saiu ileso da ação dos predadores de monumentos históricos da Capital.

EQUIPAMENTOS
Secretário de Turismo admite problemas

Julho deve registrar um aumento entre 7% a 10% no fluxo de turistas em Fortaleza, comparado as férias do ano passado. A estimativa é do secretário de Turismo de Fortaleza (Setfor), Henrique Sérgio Abreu. Segundo ele, o cenário econômico está favorável para incentivar o turista a viajar. Além disso, “não há problemas de vôos, de apagão aéreo, como ocorreu em 2007”, frisou.

Diante das críticas a situação atual de alguns pontos turísticos, Abreu admite que alguns locais, como a Praça José de Alencar, “está ruim”. Esclarece que a área será remodelada com as obras do Metrofor, incluindo ainda o Beco da Poeira, a Praça da Lagoinha e o extinto Lord Hotel. Para o secretário, o roteiro turístico da cidade está em condições “razoáveis”, tanto em relação às vias, jardinagens e monumentos.

Henrique Abreu considerou regular a situação da Praça do Ferreira, do Mercado Central, do Passeio Público e da Ponte dos Ingleses. Já a área da Beira-Mar até o Mucuripe, admite que a Estátua de Iracema foi depredada. “Teremos que cercar a área, já que não conseguimos que as pessoas respeitem o monumento”, salientou.

No caso da Praia de Iracema, o secretário disse que a obra só será concluída em dezembro de 2009. “O novo calçadão, no mínimo, será melhor e mais seguro que o anterior que ninguém podia andar”, argumenta. O projeto inclui ainda o passeio na Almirante Tamandaré, no trecho da Caixa Econômica até a Ponte Metálica.


Fonte: Suelem Caminha - Repórter Jornal Dário do Nordeste

FORTALEZA/CE: Trânsito impiedoso na Capital.


O aumento do número de acidentes nas estradas e na Capital é justificado pelas autoridades de trânsito como resultado do crescimento da frota de veículos. Por outro lado, verificou-se a diminuição da sua gravidade (Foto: Gustavo Pellizzon)

Mais de 10 mil pessoas se envolveram em acidentes de trânsito, em Fortaleza, nos três primeiros meses do ano


Sexta-feira. Ainda não eram 18 horas quando Francisco Batista, 38 anos, saiu para trabalhar. Taxista, só dirigia à noite, pois conseguia uma renda maior para sustentar a família. Antes de entrar no carro, beijou a esposa e os filhos. Depois, seguiu sorrindo como fazia todos os dias. Essa imagem foi uma das primeiras que vieram à cabeça de sua esposa, Eliete, quando às 3h30 da madrugada, soube, por telefone, que o marido havia morrido. Um motorista bêbado avançou o sinal na Avenida José Bastos e bateu no táxi. Francisco Batista não resistiu aos ferimentos.

Ele morreu em abril de 1998 e, desde então, todas as sextas-feiras para a família tornaram-se iguais. Há nelas um misto de tristeza e apreensão. Mesma sensação que os familiares de José Elias de Lima Souza, 13 anos, de Francisco da Silva Feitosa, 27, e da servidora pública, Maria de Lourdes Maciel, 54 anos, vêm tendo desde o início deste mês, aos domingos, segundas e terças-feiras. Foram nestes dias, respectivamente, que Elias, Francisco e Lourdes foram morreram vítimas de atropelamento em Fortaleza

Os dias são outros, o ano também, mas o sentimento de perda e o motivo da morte se assemelham: acidente de trânsito. Se em 1998, o caso de Francisco Batista somou-se aos 880 óbitos devido ao trânsito, agora em 2008, a situação ainda continua grave. O boletim de ocorrências do Instituto Médico Legal (IML) já contabiliza 324 mortes causadas por acidentes de trânsito.

No entanto, muitos destes casos não estão ainda tabulados nas estatísticas dos órgãos de trânsito, mas reforçam a conclusão de que a violência no trânsito continua trazendo prejuízos à sociedade. Apesar de o Estado do Ceará, o Município de Fortaleza e a Polícia Rodoviária Federal registrarem queda no número de mortes no primeiro trimestre de 2008, as ocorrências de acidentes aumentaram, assim como o número de vítimas .

Só no primeiro trimestre de 2008, conforme a AMC, houve um aumento de 5,43% no número de acidentes na Capital. 5.260 ocorrências foram registradas na cidade, nas quais 10.628 pessoas foram envolvidas de alguma forma. De acordo com o órgão de trânsito, a quantidade de vítimas, sejam fatais, leves, graves ou mesmo aquelas que não sofreram nenhum arranhão, cresceu 3,67% em relação a 2007.

Apesar do trânsito estar impiedoso, o lado positivo é que a fatalidade dos acidentes diminuiu em 3,84% em comparação ao ano passado. Mesmo assim, 55 Josés, Franciscos e Marias tiveram o curso de suas vidas interrompido por uma colisão, atropelamento, choque etc. O número de vítimas, alvo de ferimentos, também aumentou nos três primeiros meses do ano. Um total de 2.676 pessoas saíram com algum tipo de lesão por acidentes de trânsito, um número 6,5% maior que no mesmo período de 2007.

Para o poder público, a causa de mais pessoas estarem morrendo em acidentes de trânsito é o aumento da frota. Em Fortaleza, o número de veículos nas ruas e avenidas cresceu 8,49% somente nos três primeiros meses do ano. No ano 2000, a Capital contava com 353.620 veículos. Em menos de dez anos, dados atualizados do Detran mostram que, até o mês de abril, 553.142 carros, caminhões, motocicletas e outros veículos circulavam somente em Fortaleza.


Fonte: Naiana Rodrigues - Repórter Jornal Diário do Nordeste

FORTALEZA/CE: Praia do Futuro sofre com abandono.


Ministério Público Federal (MPF) tem ação pedindo a retirada de todas as barracas da praia, tanto da parte velha como da nova (Foto: DENISE MUSTAFA)

Um terreno de oito mil metros quadrados, na faixa litorânea da Praia do Futuro, pode ser adquirido por R$ 800 mil



Todos os terrenos localizados na costa brasileira (ilhas ou a faixa litorânea) pertencem à União. Essas áreas são conhecidas como Terrenos de Marinha e sua administradas é feita pelo Serviço do Patrimônio da União (SPU). As barracas da Praia do Futuro estão instaladas numa área com essas especificações e, apesar disso, ao passar pelo calçadão, em toda a sua extensão, não é difícil encontrar placas de “vende-se o imóvel” fixadas nos pilares de sustentação de barracas abandonadas ou nos postes de iluminação.


A equipe de reportagem do Diário do Nordeste ligou para uma das corretoras desses imóveis, buscando informações sobre possível compra da área da União. Durante o contato, o corretor Magno Câmara logo adiantou que não se trata de uma venda de imóvel. “O que nós vendemos é apenas uma concessão, a licença para o uso e funcionamento do terreno da praia”, explicou.

A barraca abandonada em questão, segundo o corretor, possui área de aproximadamente oito mil metros quadrados e pode ser adquirida por R$ 800 mil. “O preço ainda pode ser negociado com o proprietário da concessão, mas só pode ser vendido se for para montar barraca de praia. Há todo um código de posturas que deve ser obedecido. Não pode ter mais que dois pavimentos, não pode se aproximar muito do mar, dentre outras regras”, explica Câmara.

O corretor informa também que as barracas da Praia do Futuro são alvo de uma ação judicial que pede a liberação de toda a área. “As barracas já venceram uma etapa da briga judicial. Atualmente, o processo está no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Os autores da ação (Ministério Público Federal) querem derrubar todas as barracas”, enfatizou.

Liminar

Segundo Lima, a maior parte das barracas está legalizada, seguindo legislação da época da construção desses imóveis, há cerca de 30 anos “Mesmo assim, o Ministério Público Federal (MPF), através da Promotoria Federal, fez uma ação pedindo a retirada de todas as barracas da Praia. O processo está sub judice”.


O motivo da ação, segundo o engenheiro, é o entendimento do MPF de que aquela área é um livre acesso à praia, um terreno comum do povo. “Mesmo sabendo disso, alguns barraqueiros constróem verdadeiros complexos, que impedem a passagem para a praia, desrespeitando a legislação”.

Fonte: RENATA BENEVIDES E GUTO CASTRO NETO - Repórteres Jornal Diário do Nordeste

CIDADE: Idoso na luta contra violência.

Avenida Beira-Mar: cerca de 600 pessoas participaram do evento, com faixas e cartazes (Foto: Daniel Roman)

Evento alerta para a violência que acontece dentro de casa, com exploração financeira, maus-tratos e negligência

Não faltaram disposição e vivacidade, ontem de manhã, na caminhada do Dia de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa na Avenida Beira-Mar. Apesar do atraso, do encurtamento do percurso para poupar os participantes e do sol quente, cerca de 600 pessoas participaram do evento mostrando cartazes, faixas e reivindicando garantia de direitos a pessoas com mais de 60 anos. Neste ano, só em Fortaleza, até maio foram denunciados 99 casos de violação de direitos a esse público.

O índice revela que a situação do idoso, na Capital, é preocupante. Do total de casos, 77 foram confirmados e quando necessários encaminhados ao Ministério Público Estadual (Promotoria do Idoso). Por conta dessa situação, a maioria das faixas e cartazes enfatizava o fim da violência contra o idoso. Maus-tratos, apropriação indébita e exploração financeira são ocorrências comuns.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Atendimento à Pessoa Idosa Vitimizada (Napiv), Mirla Linhares, as denúncias dizem respeito, em geral, a circunstâncias ocorridas dentro da casa da vítima. O agressor, na maioria dos casos, é alguém da família. Isso se refere a casos de negligência, omissão, recusa do responsável familiar, exploração financeira e até violência física.

“É comum acontecer desvio de recurso para fins que não são de saúde, vestuário e alimentação”, avisa. Em outros casos, o familiar se apropria do cartão bancário do idoso, retira sua aposentadoria do banco e não repassa o valor para o real beneficiário.

No Brasil, há mais de 18 milhões de idosos, segundo o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Fortaleza, o número ultrapassa os 270 mil. Atendidos pela Prefeitura, através dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), da Secretaria Municipal de Assistência Social, são 3.430, divididos em 26 grupos.

Esses são os que mantêm vínculo com a família e a comunidade e não sofrem violação dos seus direitos, de acordo com informações do coordenador da Proteção Social Básica da Semas, André Menezes.

Já o Napiv atende cerca de 200 idosos que sofrem ou sofreram algum tipo de violência. “O preconceito impede a garantia de direitos, como atendimento prioritário e acessibilidade”, diz Mirla Linhares.

Com entidades conveniadas, como o Lar Torres de Melo e outras da própria Prefeitura, cerca de 11 mil idosos são atendidos. O importante, na opinião de Menezes, é o idoso se reconhecer como sujeito de direito. Essa é uma forma de prevenir vários tipos de violência.

Apesar da animação, da distribuição de água e do acompanhamento de jovens e voluntários, alguns idosos passaram mal durante a caminhada. O percurso, que ia do extinto Hotel Esplanada à Praça dos Estressados, encerrou-se no cruzamento da Beira-Mar com a Desembargador Moreira.

Não havia ambulância no local, apenas agentes de trânsito na frente e atrás da caminhada. Uma viatura do Ronda do Quarteirão também esteve no evento. De acordo com a supervisora de Proteção Social da Semas, Paula Brandão, um paramédico em moto fez atendimento de saúde a apenas uma pessoa que teve vertigem.


ENQUETE
Como o Sr. (a) vê a atenção ao idoso?

Maria Liduína Silva de Oliveira
60 ANOS
Dona-de-casa

Minha auto-estima era lá em baixo. Hoje sou outra pessoa, sou feliz. Essa turma é minha terceira família


Zacarias Cariolano da Costa
70 ANOS
Aposentado

O idoso tem que ser tratado com paz, com calma. As pessoas são impacientes, tratam com violência

Josefa dos Santos Lima
75 ANOS
Pensionista

Faço ginástica, trabalhos manuais, passeio na cidade, participo das palestras com médicos, assistentes sociais

Fonte: Marta Araújo - Repórter Jornal Diário do Nordeste

Mais informações:
Para denunciar violência contra o idoso, basta ligar 0800-285088
A ligação é gratuita
A identidade do denunciante é preservada