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domingo, 28 de setembro de 2008

Brasileiro paga 39% de impostos em relação ao PIB

Praça do Ferreira o movimento buscou mostrar à sociedade
o quanto de impostos é pago e quanto lhe é
devolvido em forma de serviços públicos (Foto: Tuno Vieira
AJE promoveu, ontem, Feirão do Imposto para alertar sobre o volume da carga tributária embutido nos produtos





Seja no café da manhã, almoço ou jantar, na limpeza da casa, no transporte para o trabalho ou em bens de uso diário, o consumidor brasileiro é obrigado a digerir um “ingrediente“, um “insumo”, cada vez mais indigesto, que salga a carne, apimenta o feijão e faz minguar o salário do trabalhador. É a carga tributária — somatório de impostos federais, estaduais e municipais embutidos aos produtos que, atualmente, encolhe a renda anual do cidadão em 39%, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Só para ilustrar, o arroz presente diariamente na mesa do consumidor vem temperado com 17% de tributos, o que eleva um pacote de cinco quilos de R$ 8,33, para R$ 9,85; o feijão já vem azeitado com 15,34% e a carne “salgada” com mais 17,47% de impostos, que elevam os preços dos produtos, sorrateiramente, sem que o consumidor perceba.



Da mesma forma, a excessiva quantidade de impostos em bens e serviços encarecem o hábito da leitura em 15,52%; o preço de uma calça jeans, em 34,87%, e um passeio de bicicleta, em 45,93%, segundo pesquisa do Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Escutar uma boa música, em um aparelho MP3, é 49,45% mais caro e um veículo custa até 40,74% mais, em decorrência dos impostos que o consumidor é obrigado a carregar no porta-malas.


Conscientização


Para tentar alertar a população sobre o volume da carga tributária embutido nos produtos, bens e serviços e conscientizá-la sobre a importância da aplicação correta do dinheiro arrecadado, a Associação do Jovens Empresários (AJE-CE) promoveu ontem, na Praça do Ferreira, o Feirão do Imposto. O movimento de caráter nacional, buscou mostrar à sociedade o quanto de impostos é pago e quanto lhe é devolvido em forma de serviços públicos.
“Infelizmente o que a gente paga de imposto ainda é muito, em relação aos serviços de saúde, educação e segurança que os governos oferecem”, protesta a coordenador geral da AJE, Coroline Melo. “Trabalhamos quatro meses do ano, somente pagar impostos”, critica, explicando que parte da população até sabe que paga, mas não o quanto efetivamente recolhe.



Aproveitando o período eleitoral, ela sugere aos futuros prefeitos que pressionem a bancada federal no Congresso Nacional para que aprove a lei que prevê a distinção do percentual de imposto cobrado em cada produto. “Acho que os prefeitos devem estar juntos da sociedade neste trabalho de conscientização”, defendeu a coordenadora da AJE, ao lamentar a ausência dos candidatos a prefeito ou a vereadores de Fortaleza, ontem, no Feirão do Imposto, na Praça.


Fonte: Jornal Diário do Nordeste